quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Resenha | A Bibliotecária de Auschwitz - Antonio G. Iturbe

Oi gente!

Hoje venho contar um pouquinho para vocês sobre o livro que li essa semana:  A bibliotecária de Auschwitz. Ainda não compartilhei com vocês aqui no blog, mas histórias sobre o nazismo e a Segunda Guerra Mundial me fascinam. São histórias tristes e chocantes, que ao mesmo tempo emocionam e nos ensinam que em meio a tanta dor pode haver esperança.

Sinopse:
“Uma garota de 14 anos. Um professor.  Oito livros. Esperança. Em plena Segunda Guerra Mundial, no maior e mais cruel campo de concentração do nazismo, cerca de quinhentas crianças convivem todos os dias com a morte e com o sofrimento. No pavilhão 31, de vez em quando uma janela é aberta para férias. Obra de Fred Hirsch, o professor que consegue convencer os alemães a deixá-lo entreter as crianças. Desta forma, garante ele aos nazistas, seus pais – judeus – trabalhariam bem melhor. Os alemães concordam, mas com uma condição: seria terminantemente proibido o ensino de qualquer conteúdo escolar no local. Mal sabiam eles o que a jovem Dita guardava na barra de sua saia: livros.”

Ficha Técnica

Título: A Bibliotecária de Auschwitz
Autor: Antonio G. Iturbe
Páginas: 366
Editora: Agir

Minha avaliação:





O livro conta a história de uma menina de 14 anos chamada Dita. Durante a 2 ª Guerra Mundial, Dita e sua família (pai e mãe) foram transferidos para Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Diferentemente dos outros campos de concentração, ali havia um campo familiar, onde se encontravam crianças e idosos. Neste campo, o bloco 31 servia para abrigar um espaço para as crianças, onde elas poderiam ficar enquanto seus pais trabalhavam. Porém elas não poderiam ter acesso a nenhum conteúdo escolar e os livros eram proibidos (naquela época, os alemães faziam fogueiras em praças públicas e queimavam os livro que não consideravam adequados aos interesses do Terceiro Reich).O responsável por este espaço era Fredy Hirsch, um jovem professor que dedicou sua vida aos jovens. Fredy monta uma escola secreta e oferece a Dita o cargo de Bibliotecária do bloco 31. A menina é avisada dos riscos - como os livros eram proibidos no campo, quem fosse encontrado com eles certamente seria executado - e mesmo assim, ela aceita a tarefa e se dedica totalmente a isso.

A biblioteca continha apenas 8 livros impressos e mais alguns “vivos”, ou seja, narrados por pessoas que praticamente decoraram as obras. Dita era responsável por administrar e cuidar dos livros, remendando-os, colando as folhas rasgadas e acima de tudo, os amando. Todos os dias, ao anoitecer, a menina escondia os livros debaixo de tábuas soltas no quarto de  Fred Hirsch, único morador do bloco 31. Os livros deram a Dita uma chance de viver e não apenas de sobreviver lá dentro,  sendo um escape para a vida real que tinha deixado de existir.

O livro descreve a vida no campo de concentração e as atrocidades que aconteciam às pessoas que estavam presas lá. A luta por comida, água e um colchão de palha para deitar eram diárias. E em meio a tanta fome e ao trabalho forçado, ainda existiam diversas doenças que se proliferavam facilmente em meio à enorme sujeira, provocando diversas mortes.

 Num lugar como Auschwitz, onde tudo é projetado para fazer chorar, o riso é um ato de rebeldia.

Para quem não sabe, o livro é baseado em fatos reais e possui personagens verídicos, por meios de investigações do autor, que teve notícias sobre uma minúscula biblioteca em Auschwitz.  O autor também teve a oportunidade de se encontrar com a personagem principal da obra, Dita Polachova, que atualmente está com 86 anos e vive em Israel. 

















A bibliotecária de Auschwitz é narrado em terceira pessoa. A escrita to autor é muito tranquila, mas achei alguns erros de revisão. Achei interessante o anexo na parte final do livro, na qual o autor conta o que aconteceu com alguns personagens verídicos da história.

 Livros não curam doenças nem podem ser utilizados como armas para render um exército de carrascos; não enchem barriga nem matam a sede. De fato, a cultura não é necessária para a sobrevivência do homem; apenas o pão e a água. Com pão para comer e água para beber, o homem sobrevive, mas só com isso a humanidade inteira morre. Se o homem não se emociona com a beleza, se não fecha os olhos e põe em funcionamento os mecanismos da imaginação, se não é capaz de fazer perguntas e vislumbrar os limites de sua ignorância, é homem ou mulher, mas não é pessoa. Nada o distingue de um salmão, de uma zebra ou de um boi-almiscarado.

Espero que tenham gostado dessa resenha. Deixe seus comentários para trocarmos ideias e informações sobre mais obras que abordam esse período da história!

Beijos e boas leituras!

2 comentários:

  1. Olá, adorei a resenha, estou super ansiosa para ler este livro, parabéns pelo blog, já estou acompanhando seu trabalho, :)

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  2. Obrigada Michelle! Esse livro é muito bom, vale a pena ler.

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